Um ano (e quase um mês) de maternidade

Que difícil achar inspiração pra escrever. Cansei de abrir o blog e não ir a lugar nenhum, não sair nenhuma palavra. 

Mas hj estou um pouco mais inspirada. 

Minha princesa completou seu primeiro ano de vida. Quanta alegria!! É uma emoção que é indiscritível. É um crescimento vertiginoso esse primeiro ano. Acho que nenhuma outra idade terá um salto diário de crescimento como  esse ano. 

Ver sua filha tão amada, passar de um bebe totalmente indefeso, dependente e pequeno para uma criança que entende quase tudo, balbucia, se locomove, demonstra quando contrariada, quando triste e magoada, quando alegre e divertida, quando delicada e amorosa é indescritível. Uma curva de ascendência vertiginosa. 

E eu completei o meu primeiro ano de maternagem. Se foi um ano fácil? De forma alguma em nenhum âmbito. Tudo novo, diferente, tudo aprendizado constante e estafante. 

Lívia nunca foi um bebe calmo e resignado. Existe um termo que se usa pra algumas crianças que é "high need" ou "de alta necessidade". Eu me esforço diariamente pra tentar não rotular, ter empatia com as necessidades dela, mas tenho certeza que Lívia, ao menos nesse primeiro ano de vida foi uma high need. 

Sempre precisou de muito contato físico, aconchego e movimento corporal. Ainda precisa. Não dorme sem estar grudada em mim, não gosta de não ter atenção, de ficar sozinha brincando. 

Fica muito indignada se fico muito tempo na cozinha cozinhando sem dar atenção a ela - mesmo estando grudada nas minhas pernas e eu conversando com ela. 

Chora copiosamente se sentamos a mesa pra qualquer coisa, mesmo que tentemos fazê-la comer conosco ou  mostremos o que fazemos sentados ali. 

Mama cada vez mais intensamente a noite, o que tem me rendido noites muito desgastantes e longas. Pior ainda são as noites que resmunga e chora só pra ter de se virar ou por estar coberta. 

Mas ao mesmo tempo é extremamente inteligente, saudável (teve sua primeira febre de resfriado agora depois de um ano), tem um sorriso encantador, está aprendendo a fazer carinho, dar beijo e "upa". Começa a dar seus passinhos independentes rumo ao que deseja, ainda que sejam poucos e trôpegos.  Uma fofura! 

E assim, a cada olhar profundo, a cada risada gostosa, cada nova descoberta ou gracinha parece que as coisas ruins zeram. Parece que cada manha que ela acorda e me da beijo passa uma borracha na noite mal dormida e começamos do zero. 

Não tem sido fácil, mas quem disse que seria?!

O importante é que ainda assim, eu não trocaria minha vida por nada! Não trocaria minha periquita jamais! 

Há um ano ela chegou me ensinando tantas coisas... Espero que eu possa ensinar outras tantas a ela. 

Deus nos dê saúde e forças! E que continuemos sendo assim felizes com o que temos!

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